quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Post extra...parte retirada de crepusculo

Presentinho, amanha é meu aniversario mais quem ganha o presente são vocês minhas crianças da noite!



(Notas: Essa parte é recompensa própria no máximo. Eu estava só fazendo festa, cheia de lacinhos e tiaras rosas, bem menininha, com a idéia do baile de formatura. Leia por seu próprio risco.)

Remix do baile estendido

- Quando você vai me contar o que está acontecendo, Alice?
- Você verá, seja paciente. - ele ordeou, sorrindo diabolicamente.
Nós estávamos na minha caminhonete, mas ela estava dirigindo. Mais três semanas e eu estaria fora do gesso, e então eu ia ser muito firme com toda a história do serviço de chofer. Eu gostava de dirigir.
Era fim de maio, e de algum jeito a terra ao redor de Forks estava encontrando meios de ficar ainda mais verde que o comum. Era lindo, claro, e eu estava ficando mais conformada com a floresta, a maior parte disso devido ao fato que eu passava muito mais tempo nela que o usual. Não éramos amigas ainda, a natureza e eu, mas estávamos ficando mais próximas.
O céu estava cinza, mas isso era bem-vindo também. Era um cinza perolado, não estava nublado e nem chovia, quase quente o suficiente para mim. As nuvens estavam grossas e seguras, o tipo de nuvens que se tornaram agradáveis para mim, pela liberdade que elas garantiam.
Mas fora esse ambiente agradável, eu estava me sentindo irritada. Parcialmente por causa do comportamento estranho da Alice. Ela tinha insistido absolutamente num dia só de garotas nesse sábado de manhã, me levando até Port Angeles para nós irmos à manicure e pedicure, se recusando a aceitar o tom de rosa modesto que eu queria, mandando a manicure me pintar com um cintilante vermelho escuro - e indo mais longe e insistido em pintar as unhas do meu pé no gesso também.
Então ela me levou para fazer compras, embora eu só conseguisse experimentar metade de cada roupa. Contra meus vigorosos protestos, ela me comprou um par dos stilletos mais caros e impraticáveis - coisas que pareciam perigosas, que se seguravam só por grossos fitas de cetin que cruzavam pelo meu pé e se amarravam num laço no meu tornozelo. Eram de um azul profundo, e uma explicação em vão, eu tentei argumentar que não tinha nada que ia combinar com eles. Mesmo com o meu closet embaraçosamente cheio com as roupas que ela tinha comprado pra mim em Los Angeles - a maioria delas ainda muito leve para usar em Forks - eu tinha certeza de que não tinha nada naquele tom. Mesmo se eu tivesse alguma coisa parecida com aquela escondida em algum canto no meu armário, minhas roupas não fazia muito o estilo de saltos stilettos. Eu não fazia o estilo de saltos stilettos - não conseguia andar direito nem só de meias. Mas minha lógica incontestável era um desperdiço com ela. Ela nem respondia.
- Bom, eles não são de Biviano, mas vão ter que servir. - ela murmurava desconcertantemente, e então não falava mais enquanto soltava o cartão de crédito nos funcionários impressionados.
Ela me deu o almoço pela janela de um drive trhu de uma lanchonete, me dizendo que eu teria que comer no carro, mas se recusando a explicar a razão da pressa. Mais de uma vez eu tive que lembrá-la que a minha picape simplesmente não era capaz de ir tão rápido quanto carros esportivos, mesmo com as modificações de Rosalie, e por favor que desse um tempo para a pobre coisa. Geralmente Alice era minha chofer preferida. Ela não se importava em dirigir a meros 30 ou 40 km/h acima do limite de velocidade, enquanto outras pessoas simplesmente não aguentavam.
Mas a agenda secreta de Alice era só metade de problema, claro. Eu também estava pateticamente ansiosa porque não via o rosto de Edward em quase seis horas, e isso tinha que ser um recorde por pelo menos os últimos dois meses.
Charlie tinha sido difícil, mas não impossível. Ele estava conformado com a presença constante do Edward quando ele voltava para casa, não achando nada para reclamar quando ele sentava por cima do nosso dever de casa na mesa da cozinha - ele até parecia gostar da companhia do Edward quando eles gritavam juntos assistindo jogos na ESPN. Mas ele não tinha perdido nada de sua severidade quando ele cruelmente segurava a porta aberta para o Edward, precisamente às dez da noite toda a noite durante a semana. Claro que o Charlie era completamente inconsciente da habilidade do Edward de levar seu carro para casa e voltar para a minha janela em menos de dez minutos.
Ele era muito mais agradável com Alice, algumas vezes chegava a dar vergonha. Obviamente, até eu ter trocado o gesso gigante por um mais maleável, eu precisava de uma ajuda feminina. Alice era um anjo, uma irmã; toda a noite e toda a manhã ela aparecia para me ajudar com as minha rotina diária. Charlie ficou enormemente grato de ser poupado do horror de uma filha quase adulta que precisava de ajuda para tomar banho - esse tipo de coisa estava muito além da sua zona confortável, e da minha também, no caso. Mas foi com mais que gratidão que Charlie começou a chamá-la de “anjo”, como um apelido, e a olhava com olhos espantados enquanto ela dançava sorridente pela casa pequena, a iluminando. Nenhum humano falhava em ser afetado por sua graciosidade e beleza incríveis, e quando ela deslizava pela porta toda a noite com um “Vejo você amanhã, Charlie”, e o deixava atordoado.
- Alice, vamos para casa agora? - eu perguntei agora, as duas entendendo que eu falava da casa branca perto do rio.
- Sim - ela sorriu, me conhecendo. - Mas o Edward não está lá.
Eu fiz uma careta. - Onde ele está?
- Ele tinha alguns serviços para fazer.
- Serviços? - eu repeti inexpressiva. - Alice - meu tom ficou persuasivo. - por favor me conte o que está acontecendo.
Ela balançou a cabeça, ainda sorrindo bastante. - Estou me divertindo muito - ela explicou.
Quando voltamos para a casa, Alice me levou direto escada acima, para o banheiro dela que era do tamanho de um quarto. Fiquei surpresa de encontrar Rosalie lá, esperando com um sorriso celestial, atrás de uma cadeira baixa e rosa. Uma coleção de explodir a mente de ferramentas e produtos cobria todo o balcão.
- Sente - Alice comandou. Eu a considerei por um minuto, e então, decidindo que ela estava preparada para usar força se necessário, fui para a cadeira e me sentei com toda a dignidade que podia administrar. Rosalie imediatamente começou a pentear meu cabelo.
- Acho que você não vai me dizer sobre o que é isso tudo, né? - eu a perguntei.
- Você pode me torturar - ela murmurou, concentrada no meu cabelo. - mas eu nunca vou contar.
Rosalie segurou minha cabeça na pia enquanto Alice esfregava um shampoo que cheirava menta e laranja no meu cabelo. Alice enxugou os nós com uma toalha furiosamente, e depois jogou quase um frasco todo de spray de alguma coisa - esse cheirava pepino - nas mechas úmidas e enxugou de novo.
Elas pentearam o resto da juba rápido então; o que quer que a coisa de pepino fosse, fez as mechas se comportarem. Eu talvez fosse emprestar um pouco daquilo. Então cada uma pegou um secador e começou a trabalhar.
Conforme os minutos passavam, e elas continuavam a achar novas mechas que pingavam, seus rostos começaram a ficar um pouco preocupados. Eu sorri alegremente. Algumas coisas nem vampiros conseguiam acelerar.
- Ela tem um monte de cabelo - Rosalie comentou numa voz ansiosa.
- Jasper - Alice chamou claramente, porém sem gritar. - Me ache outro secador!
Jasper veio ao resgate delas, se algum jeito chegando com outros dois secadores, que ele apontou para a minha cabeça, profundamente distraído, enquanto elas continuaram a trabalharam com os delas.
- Jasper… - eu comecei esperançosa.
- Desculpe, Bella. Não estou autorizado a dizer nada.
Ele escapou agradecido quando finalmente tudo estava seco - e armado. Meu cabelo ficou uns 7 centímetros acima da minha cabeça.
- O que vocês fizeram comigo? - eu perguntei horrorizada. Mas elas me ignoraram, pegando uma caixa de babyliss.
Tentei convencê-las que meu cabelo não enrolava, mas elas me ignoraram, empapando cada mecha em uma coisa amarela antes de colocarem no cilindro quente.
- Você encontrou sapatos? - Rosalie perguntou intensamente enquanto elas trabalhavam, como se a resposta fosse de vital importância.
- Sim - são perfeitos. - Alice ronronou com satisfação.
Eu vi Rosalie pelo espelho, acenando como se um grande peso tivesse sido tirado de sua mente.
- Seu cabelo está bonito - eu notei. Não que não era sempre ideal - mas ela tinha prendido essa tarde, criando uma coroa de cachos dourados e macios em cima de sua cabeça perfeita.
- Obrigada - ela sorriu. Elas tinham começado a segunda rodada de babyliss agora.
- O que você acha de maquiagem? - Alice perguntou.
-É um tormento - eu tentei. Elas me ignoraram.
- Ela não precisa de muita - a pele dela é melhor limpa. - Rosalie meditou.
- Batom, peloe menos - Alice decidiu.
- E rímel e delineador também - Rosalie acrescentou. - só um pouco.
Eu suspirei alto. Alice riu. - Seja paciente, Bella. Estamos nos divertindo.
- Bom, se vocês estão… - eu murmurei.
Elas terminaram de prender todos os cachos bem apertados e inconfortáveis na minha cabeça.
- Vamos vesti-la - a voz de Alice tremeu de expectativa. - Ela não esperou eu sair do banheiro com as próprias pernas. Ao invés ela me levantou e me carregou para o quarto grande e branco de Rosalie e Emmett. Em cima da cama tinha um vestido. Azul profundo, é claro.
- O que você acha? - Alice perguntou, estridente.
Essa era uma boa pergunta. Tinha alguns babados, aparentemente feito para ser usado baixo e sem ombros, com mangas longas e soltas que se fechavam nos pulsos. O tecido do corpete era cercado por outro tecido azul, pálido e florido, que dobrava para formar um fino franzido no lado esquerdo. O material do tecido florido era longo nas costas, mas aberto na frente em várias camadas de renda macia, clareando o tom conforme eles desciam para a bainha.
- Alice - eu choraminguei. - Não posso usar isso
- Por quê? - ela exigiu numa voz dura.
- A parte de cima é completamente transparente!
- Isso vai por baixo - Rosalie segurou a peça azul clara, de aparência sinistra.
- O que é isso? - eu perguntei temerosa.
- É um espartilho, bobinha - Alice disse, impaciente. - Agora você vai colocá-lo, ou eu preciso chamar o Jasper e pedir pra ele segurar você enquanto eu coloco? - ela ameaçou.
- Era pra você ser minha amiga - eu acusei.
- Seja boazinha, Bella - ela suspirou. - Eu não me lembro de ser humana e estou tentando ter uma diversão substituta aqui. Além do mais, é para o seu bem.
Eu reclamei e fiquei vermelha muitas vezes, mas não demorou muito tempo para elas me colocarem no vestido. Eu tinha que admitir, o espartilho tinha suas vantagens.
- Nossa - eu tomei fôlego. - Eu tenho um colo.
- Quem diria - Alice riu, encantada com seu trabalho. Mas eu não estava completamente convencida.
- Você não acha que esse vestido é um pouco… não sei… muito moderna para Forks? - eu perguntei hesitante.
- Acho que as palavras que você está perguntando são alta costura - Rosalie riu.
- Não é para Forks, é para o Edward - Alice insistiu. - É exatamente certo.
Elas me levaram de volta para o banheiro então, soltando os cachos com os dedos voando. Para o meu choque, cascadas de cabelo caíram. Rosalie puxou a maioria deles para cima, cuidadosamente os virando num rabo-de-cavalo que caíram numa linha grossa nas minhas costas. Enquanto ela trabalhava, Alice rapidamente pintou uma fina risca preta ao redor dos meus olhos, passou rímel e pintou minha boca atentamente com um batom vermelho escuro. Então ela lançou-se para fora do quarto e retornou prontamente com os sapatos.
- Perfeitos - Rosalie suspirou quando Alice os levantou para ser admirados.
Alice amarrou o sapato mortal com habilidade, e então olhou para o meu gesso com um olhar reflexivo.
- Acho que nós fizemos o possível - ela sacudiu a cabeça tristemente. - Você não acha que o Carlisle nos deixaria…?
- Duvido - Rosalie respondeu seca. - Alice suspirou.
As duas levantaram as cabeças então.
- Ele voltou - Eu soube a qual “ele” elas se referiam, e eu senti fortes borboletas no meu estômago.
- Ele pode esperar. Tem mais uma coisa importante - Alice disse firme. Ela me levantou de novo - uma necessidade, eu tinha certeza de que não conseguiria andar com aquele sapato - e me carregou para o quarto dela, onde me colocou gentilmente no chão em frente ao seu espelho grande, de moldura de ouro e estendido.
- Pronto - ela disse. - Vê?
Eu olhei a estranha no espelho. Ela parecia bem alta no sapato de salto alto, com a longa e estreita linha do vestido apertado ajudando nessa ilusão. O espartilho decotado - onde a incomum e impressionante linha do busto chamou minha atenção de novo - deixava o pescoço dela muito longo, assim como a coluna de cachos brilhantes que desciam pelas suas costas. O azul profundo do tecido era perfeito, destacando o tom de creme da sua pele de marfim, o rosa da maquiagem em suas bochechas. Ela estava muito bonita, eu tinha que admitir.
- Ok, Alice - eu sorri. - Eu vejo.
- Não se esqueça - ela ordenou.
Ela me levantou outra vez e me carregou para o topo das escadas.
- Se vire e feche os olhos! - ela mandou para o começo das escadas. - E fique fora da minha cabeça - não estrague isso.
Ela hesitou, descendo mais devagar que o normal pela escada até que ela pudesse ver que ele tinha obedecido. E então ela voou pelo resto do caminho. Edward estava parado na porta, de costas, muito alto e escuro - eu nunca o tinha visto usando preto antes. Alice de colocou de pé, amaciando as camadas do meu vestido, virando um cacho no lugar e então ela me deixou lá, indo se sentar no banco do piano para assistir. Rosalie seguiu para sentar com ela na aduciência.
- Posso olhar? - a voz dele estava intensa de ansiedade - fez meu coração bater irregular.
- Sim… agora - Alice direcionou.
Ele se virou imediatamente, então congelou, seus olhos cor de topázio arregalados. Eu podia sentir o calor subindo pelo meu pescoço e colorindo minhas bochechas. Ele estava maravilhoso; senti uma fagulha do velho medo, de que ele fosse só um sonho, que não era real. Ele estava usando um smoking, e pertencia a uma tela de cinema, não ao meu lado. Eu olhei para ele com uma descrença apavorada.
Ele andou lentamente na minha direção, hesitando um passo quando me alcançou.
- Alice, Rosalie… obrigado - ele suspirou sem tirar os olhos de mim. Ouvi Alice rir de prazer.
Ele deu mais um passo, colocando uma mão fria embaixo do meu queixo, e parando para colocar os lábios na minha garganta.
- É você - ele murmurou contra a minha pele. Ele se afastou, e havia flores brancas em sua outra mão.
- Frésia - ele me informou enquanto as colocava nos meus cachos. - Completamente redundante, considerando a fragrância, claro - ele foi para trás, me olhando de novo. Sorriu seu sorriso de parar o coração. - Você está absurdamente linda.
- Você roubou minha fala - manti minha voz o mais leve que eu podia. - Justo quando eu me convenço de que você é real de verdade, você aparece vestido assim e eu fico com medo de que estou sonhando de novo.
Ele me levantou para seus braços. Ele me segurou perto de seu rosto, seus olhos queimando que me colocou ainda mais perto.
- Cuidado com o batom! - Alice mandou.
Ele riu com rebeldia, mas deixou sua boca cair para o espaço acima da minha clavícula.
- Você está pronta para ir? - ele perguntou.
- Alguém vai me dizer que ocasião é?
Ele riu outra vez, olhando por cima do ombro para suas irmãs. - Ela não adivinhou?
- Não - Alice deu uma risada. Edward riu junto, satisfeito.  Fiz uma careta.
- O que estou perdendo?
- Não se preocupe, você vai descobrir daqui a pouco - ele me garantiu.
- Coloque-a no chão, Edward, para que eu possa tirar uma foto - Esme estava descendo a escada com uma câmera prateada na mão.
- Fotos? - eu murmurei, quando ele me equilibrou gentilmente no meu pé bom. Estava começando a ter um mau pressentimento com essa coisa toda. - Você vai aparecer no filme? - eu perguntei sarcasticamente.
Eu sorriu para mim.
Esme tirou várias fotos de nós, até que o Edward ainda rindo insistiu que iríamos nos atrasar.
- Nos vemos lá - Alice disse enquanto ele me carregava até a porta.
- Alice vai estar lá? Onde quer que lá seja? - me senti um pouco melhor.
- Com Jasper, e Emmett e Rosalie.
Minha testa enrugou de concentração quando eu tentei desvendar o segredo. Ele abafou o ris pela minha expressão.
- Bella - Esme me chamou. - Seu pai está no telefone.
- Charlie? - Edward e eu perguntamos simultaneamente.  Esme me trouxe o telefone, mas ele o agarrou quando ela tentou me entregar, me segurando para longe sem esforço com um braço.
- Hey! - eu protestei, mas ele já estava falando.
- Charlie? Sou eu. O que há de errado? - ele parecia preocupado. Meu rosto empalideceu. Mas então a expressão dele ficou divertida - e subitamente perversa.
- Dê o telefone para ele, Charlie - deixe-me falar com ele - O que quer que estivesse acontecendo, Edward estava se divertindo um pouco demais para Charlie estar em algum perigo. Eu relaxei.
- Olá, Tyler, aqui é Edward Cullen - a voz dele estava muito amigável, na superfície. Eu a conhecia o bastante para pegar o tom de ameaça. O que o Tyler estava fazendo na minha casa? A verdade horrorosa começou a me atingir.
- Desculpe se houve algum tipo de erro de comunicação, mas a Bella não está disponível esta noite - O tom do Edward mudou, a ameaça em sua voz de tornou muito mais evidente quando ele continuou. - Para ser honesto, ela estará indisponível todas as noites, para qualquer um que não seja eu mesmo. Sem ofensa. E sinto muito por sua noite - ele não parecia sentir nenhum pouco. Então fechou o telefone, um sorriso enorme no rosto.
- Você está me levando para a formatura! - eu acusei furiosamente. Meu rosto e pescoço ficaram vermelhos de ódio. Eu podia sentir as lágrimas produzidas pela raiva começando a encher meus olhos.
Ele não estava esperando a força da minha reação, isso era claro. Ele juntou os lábios e seus olhos escureceram.
- Não seja difícil, Bella.
- Bella, todos nós vamos - Alice encorajou, de repente no meu ombro.
- Por que você está fazendo isso comigo? - eu exigi.
- Será divertido - Alice ainda estava muito otimista.
Mas Edward se curvou para sussurrar no meu ouvido, sua voz de veludo séria. - Você só é humana uma vez, Bella. Me distraia.
Então ele liberou total força de seus olhos dourados em mim, derretendo minha resistência com o calor deles.
- Ótimo - eu fiz um biquinho, incapaz de fazer uma cara tão feia como eu teria gostado. - Eu vou por bem. Mas você verá - eu avisei sinistramente - essa é a má sorte com que você tem se preocupado. Provavelmente vou quebrar a outra perna. Olha esse sapato! É um armadilha mortal! - eu estique minha perna boa como evidencia.
- Hmmm - ele olhou para a minha perna por mais tempo do que o necessário, depois olhou para Alice com os olhos brilhantes. - De novo, obrigado.
- Vai chegar atrasado na casa do Charlie - Esme o lembrou.
- Certo, vamos - ele me girou pela porta.
- Charlie está por dentro disso? - eu perguntei entre dentes.
- Claro - ele sorriu.
Eu estava preocupada, então não notei num primeiro momento. Só estava vagamente consciente do carro prata e achei que era o Volvo. Mas então ele parou para me colocar no que achei que era o chão.
- O que é isso? - eu perguntei, surpresa em me encontrar em um cupê. - Onde está o Volvo?
- O Volvo é o meu carro de todo o dia. - ele me disse cuidadosamente, apreensivo que eu talvez fosse surtar de novo. - Esse é o carro das ocasiões especiais.
- O que o Charlie vai pensar? - eu balancei a cabeça, desaprovadora, enquanto ele entrava e ligava o motor. Ele rugiu.
- Ah, a maioria da população de Forks pensa que o Carlisle é um ávido colecionador de carros - Ele acelerou pela floresta em direção à rodovia.
- E ele não é?
- Não, esse é mais meu hobby. Rosalie coleciona carros também, mas ela prefere brincar mais com os interiores deles do que dirigi-los. Ela trabalhou bastante nesse aqui para mim.
Eu ainda estava imaginando o porquê de voltarmos para a casa do Charlie quando ele estacionou na frente dela. A luz da varanda estava acesa, embora ainda nem fosse pôr-do-sol. Charlie devia estar esperando, provavelmente espiando pelas janelas agora. Eu comecei a corar, me perguntando se a primeira reação do meu pai com relação ao vestido seria mesma que a minha. Edward deu a volta no carro, devagar para ele, para abrir a minha porta - confirmando as minhas suspeitas de que o Charlie estava observando.
Então, quando o Edward estava me levantando do carro, Charlie - o que era muito difícil de fazer - saiu para o jardim para nos receber. Minhas bochechas queimaram; Edward notou e me olhou curioso. Mas eu nem precisava ter me preocupado. Charlie nem me viu.
- Isso é um Aston Martin? - ele perguntou a Edward numa voz reverente.
- Sim - o Vanquish - Os cantos de sua boca se viraram, mas ele os controlou.
Charlie soltou um assobio baixo.
- Não quer dar a ela uma tentativa? - Edward segurou a chave.
Os olhos do Charlie finalmente deixaram o carro. Ele olhou para o Edward sem acreditar - colorido por um pequeno sinal de esperança.
- Não - ele disse, relutante. - O que o seu pai diria?
- Carlisle não vai se importar nenhum pouco - Edward disse sincero. - Vai em frente - Ele pressionou a chave na mão bem disposta de Charlie.
- Só uma voltinha então… - Charlie já estava alisando o pára-choque com uma mão.
Edward me ajudou a mancar até a porta da frente, me levantando quando estávamos dentro, e me carregando até a cozinha.
- Funcionou bem - eu disse. - Ele nem teve chance de surtar com o vestido.
Edward piscou. - Não pensei nisso - ele admitiu. Os olhos dele passaram pelo meu vestido de novo com uma expressão crítica. - Acho que foi bom não termos pego a picape, clássica ou não.
Eu desviei os olhos sem vontade do seu rosto por tempo o suficiente para notar que a cozinha estava escura. Tinham velas na mesa, muitas delas, talvez vinte ou trinta velas altas e brancas. A mesa velha estava coberta com uma toalha grande e longa, assim como duas cadeiras.
- É nisso que você esteve trabalhando o dia todo?
- Não - isso levou só um segundo. Foi a comida que levou o dia todo. Eu sei que você acha que restaurantes chiques desnecessários, não que existam muitas escolhas que se encaixem nessa categoria por aqui, mas decidi que você não podia reclamar sobre a sua própria cozinha.
Ele me sentou em uma das cadeiras envoltas no pano branco, e começou a tirar coisas do forno e da geladeira. Notei que só tinha um lugar preparado.
- Não vai alimentar o Charlie também? Ele vai voltar pra casa alguma hora.
- Charlie não agüentava mais comer outro pedaço - quem você achou que foi meu degustador? Tive que ter certeza de que tudo isso fosse comestível - Ele colocou um prato na minha frente, cheio de coisas que pareciam muito comestíveis. Suspirei.
- Ainda está brava? - Ele puxou a outra cadeira do outro lado da mesa para que pudesse sentar ao meu lado.
- Não. Bem, sim, mas não no momento. Só estava pensando - aí se vai, a única coisa que eu podia fazer melhor que você. Está com uma cara ótima - eu suspirei outra vez.
Ele riu. - Você nem experimentou - seja otimista, talvez esteja horrível.
Eu deu uma mordida, parei, e fiz uma careta.
- Está horrível? - ele perguntou, chocado.
- Não, está deliciosa, naturalmente.
- Que alívio - ele sorriu, tão lindo. - Não fique preocupada, ainda há muitas coisas em que você é melhor.
- Fale só uma.
Ele não respondeu na hora, só passou seus dedos frios na linha da minha clavícula, sustentando meu olhar com seus olhos ardentes até que eu senti minha pele queimar e ficar vermelha.
- Tem isso - ele murmurou, tocando minha bochecha escarlate. - Nunca vi ninguém corar tão bem como você.
- Maravilha - eu olhei com cara feia. - Reações involuntárias - algo de que eu possa ter orgulho.
- Você também é a pessoa mais corajosa que eu conheço.
- Corajosa?
- Você passa todo o seu tempo livre na companhia de vampiros; isso exige alguns nervos. E você não se preocupa em se colocar a uma proximidade arriscada dos meus dentes…
Eu sacudi a cabeça. - Sabia que você não ia conseguir achar nada.
Ele riu. - Estou falando sério, sabe. Mas não faz mal. Coma - ele pegou meu garfo, impaciente e começou a me alimentar. A comida estava toda perfeita, lógico.
Charlie voltou para casa quando eu estava quase acabando. Observei sua cara cautelosamente, mas minha sorte ainda estava presente, ele ainda estava embasbacado com o carro para notar como eu estava vestida. Ele entregou as chaves de volta para Edward.
- Obrigado, Edward - ele sorriu sonhador. - Que carrão.
- Não por isso.
- Como tudo ficou? - Charlie olhou meu prato vazio.
- Perfeito - eu suspirei.
- Sabe, Bella, talvez seja melhor você deixá-lo praticar sua culinária para nós outras vezes - ele aconselhou.
Dei um olhar zangado para Edward. - Tenho certeza que ele vai praticar, pai.
Não foi até nos chegarmos a porta que o Charlie acordou completamente. Edward estava com os braços ao redor da minha cintura, por equilíbrio e suporte, enquanto eu avançava com meu sapato instável.
- Hm, você está… muito adulta, Bella - eu podia ouvir o começo da desaprovação paterna se espalhando.
- Foi a Alice que me vestiu. Não dei muita opinião em nada.
Edward deu uma risadinha tão baixa que só eu escutei.
- Bom, se foi a Alice… - sua voz foi morrendo, e ele de algum jeito ficou mais tranquilo. - Você está bonita, Bella. Ele fez uma pausa, um brilho malicioso em seus olhos. - Então, devo esperar mais rapazes de terno aparecerem na minha porta hoje?
Eu gemi e Edward abafou o riso. Como alguém podia ser tão cego quanto o Tyler, eu não podia imaginar. Não era como se eu e Edward fossemos exatamente secretos na escola. Nós chegávamos e íamos embora juntos, ele me carregava para todas as aulas, eu sentava com ele e sua família no almoço todos os dias e ele não era tímido em me beijar na frente das testemunhas também. Tyler claramente precisava de ajuda profissional.
- Espero que sim - Edward sorriu para o meu pai. - Tem uma geladeira cheia de sobras - dia a eles para se servirem.
- Acho que não - aqueles são meus - Charlie sussurrou.
- Anote os nomes para mim, Charlie - o traço de ameaça só era audível para mim.
- Ah, chega! - eu ordenei.
Graças a Deus, nós finalmente entramos no carro e fomos embora.

Mais uma parte excluida de crepusculo

Minhas crianças da noite trago mais uma cena fabulosa que infelizmente foi retirada de crepusculo.

Boa leitura




(Notas: essa parte foi cortada do epílogo original. Embora eu tenha explicado brevemente a história do Emmett no capítulo 14, “A Mente Domina A Matéria”, eu senti bastante falta de não tê-la detalhado nas palavras dele.)
Emmett e o Urso
Eu estava surpresa de achar uma estranha amizade crescendo entre eu e o Emmett, especialmente uma vez que ele, uma vez, foi o mais assustadores de todos eles para mim. Tinha a ver com como nós dois tínhamos sido escolhidos para entrar na família; nós dois tínhamos sido amados - e amado de volta - enquanto ainda éramos humanos, embora muito brevemente para ele. Só Emmett lembrava - só ele realmente entendia o milagre que Edward significava para mim.
Nós falamos disso pela primeira vez uma noite que nós três estávamos sentados nos sofás claros na sala de estar, Emmett me alegrando calmamente com memórias que eram melhores que contos de fadas, enquanto Edward se concentrava no programa de culinária - ele tinha decidido que ele precisava aprender a cozinhar , para o meu espanto, e isso era difícil sem poder contar com os sentidos certos de cheiro e gosto. Afinal de contas, tinha uma coisa que ele não fazia sem dificuldade. Sua testa perfeita de enrugou quando a celebridade chef mandou temperar outro prato de acordo com o gosto. Eu reprimi um sorriso.
- Então ele tinha terminado de brincar comigo, e eu sabia que estar prester a morrer - Emmett se lembrou suavemente, enrolando a história de seus anos humanos com o conto do urso. Edward não estava prestando atenção; ele já tinha ouvido antes. - Eu não conseguia me mexer, e minha consciência estava escapando, quando eu ouvi o que eu pensei que fosse outro urso, e uma luta para ver quem ficaria com a minha carcaça, acho. De repente parecei que eu estava voando. Achei que tinha morrido, mas eu tentei abrir meus olhos mesmo assim. E então eu a vi - seu rosto ficou incrível com a memória; eu me identifique completamente. - e eu soube que estava morto. Nem me importei com a dor - lutei para manter meus olhos abertos, eu não queria perder nenhum segundo do rosto do anjo. Eu estava delirando, claro, imaginando porque não tínhamos chegado no céu ainda, pensando que deveria ser mais longe do que eu esperava. Eu continuei esperando que ela voasse. E então ela me trouxe para Deus - Ele deu sua risada grave e brincalhona.  Eu podia entender muito bem que alguém pudesse fazer essa suposição.
- Eu achei que o que aconteceu depois era minha punição. Eu tinha me divertido um pouquinho demais nos meus vinte anos humanos, então não fiquei surpreso pelas chamas do inferno - Ele riu de novo, mas eu tremi. O braço do Edward se apertou ao meu redor inconscientemente. - O que me surpreendeu foi que o anjo não foi embora. Eu não entendia porque uma coisa tão linda podia ficar no inferno comigo - eu estava agradecido. Toda a vez que Deus vinha me checar, eu temia que ele ia levá-la embora, mas ele nunca levou. Eu comecei a pensar que talvez aqueles fiéis que falavam de um Deus misericordioso talvez estivessem certos, afinal. E então a dor sumiu… e eles explicaram as coisas para mim.
- Eles ficaram surpresos no pouco que eu fiquei perturbado com a coisa de ser vampiro. Mas se o Carlisle e a Rosalie, meu anjo, eram vampiros, o quão ruim podia ser? - Eu acenei, concordando completamente, enquanto ele continuava. - - Eu tive um pouco mais de dificuldade com as regras… - ele riu. - Você teve trabalho comigo no começo, não foi? - O soco de brincadeira de Emmett no ombro de Edward fez nós dois sacudirmos.
Edward bufou sem desviar os olhos da televisão.
- Então, o inferno não é tão ruim se você pode ter um anjo com você - ele me assegurou travesso. - Quando ele finalmente aceitar o inevitável, você vai se dar bem.
O punho do Edward se moveu tão rapidamente que eu nem vi o que acertou o Emmett e o fez se estatelar pelas costas do sofá. Os olhos do Edward nem deixaram a tela.
- Edward! - eu censurei, horrorizada.
- Não se preocupe, Bella - Emmett estava sereno, de volta ao seu lugar. - Eu sei onde encontrá-lo - Ele olhou por cima de mim para o perfil do Edward. - Você vai ter que colocá-la no chão alguma hora - ele ameaçou. Edward mal reclamou em resposta sem olhar para ele.
- Meninos! - a voz reprovadora de Esme veio escada abaixo.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Partes de crepusculo e lua nova

Ola crianças da noite, hoje trago mais uma parte hilaria retirada de crepusculo...boa leitura!!



(Notas: Você reconhecerá partes desse capítulo - poucos pedaços sobreviveram e foram combinados com o que agora é o capítulo 20, “Impaciência”. Esse aqui retardava o ritmo da parte da “caçada” da história, mas eu senti que perdi muito da personalidade da Alice quando o sacrifiquei.)

Fazendo compras com Alice

O carro era lustroso, preto e poderoso; as janelas eram pretas como as de uma limusine. O motor rugia como um grande gato enquanto nós avançávamos pela noite escura.
Jasper dirigia com uma mão, sem parecer se preocupar, mas o carro forte voava para frente com perfeita precisão.
Alice sentava comigo no canto traseiro. De algum jeito, durante a noite, minha cabeça tinha acabado contra o seu pescoço de granito, seus braços gelados me envolvendo, sua bochecha pressionada contra o topo da minha cabeça. A frente de sua blusa fina de algodão estava fria e úmida com as minhas lágrimas.  Hora ou outra, se a minha respiração ficava irregular, ela murmurava tranqüilizadora; em sua voz rápida e aguda, os encorajamentos pareciam música. Para me manter calma, eu me concentrei no toque de sua pele fria; era como uma conexão física com o Edward.
Os dois me asseguraram - quando eu tinha percebido, o pânico me golpeou, todas as minhas coisas ainda estavam na picape - que deixá-las para trás era necessário, algo a ver com o cheiro. Eles me disseram para não me preocupar com roupas ou dinheiro. Eu tentei confiar neles, me esforçando para ignorar o quão desconfortável eu estava nas roupas muito apertadas de Rosalie. Era uma coisa trivial.
Nas rodovias planas, Jasper nunca dirigiu o carro vigoroso, abaixo de 190 km/h. Ele parecia inteiramente inconsciente dos limites de velocidade, mas nunca vimos um carro de polícia. As únicas paradas na monotonia da viagem que fizemos foram para abastecer o carro. Eu notei vagamente que Jasper entrou para pagar em dinheiro as duas vezes.
O dia começou a nascer quando estávamos em algum lugar ao norte da Califórnia. Eu observei com olhos secos e ardentes a luz cinza deixar uma faixa no céu sem nuvens. Eu estava exausta, mas o sono tinha escapado, minha mente cheia demais de imagens perturbadoras para relaxar te a inconsciência. A expressão magoada do Charlie - o rosnado brutal do Edward, com os dentes à mostra - o olhar afiado do rastreador - a expressão fria do Laurent - o olhar morto no rosto do Edward depois que ele me beijou pela última vez; elas piscavam como slides na frente dos meus olhos, meus sentimentos se alternando entre terror e desespero.
Em Sacramento, Alice quis que Jasper parasse para comprar comida para mim. Mas eu sacudi a cabeça, cansada, e numa voz fraca, falei para ele continuar dirigindo.
Algumas horas depois, em um subúrbio fora de Los Angeles, Alice falou suavemente com ele de novo, e ele saiu da rodovia aos sons dos meus fracos protestos. Um shopping grande era visível da rodovia, e ele foi até lá, estacionando na garagem do subsolo.
- Fique no carro - ela orientou Jasper.
- Tem certeza? - ele parecia apreensivo.
- Não vejo ninguém aqui - ela disse. Ele acenou, consentindo.
Alice pegou a minha mão e me tirou do carro. Ainda a segurando, ela me manteve ao seu lado enquanto nós andávamos pela garagem escura. Ela evitava a beirada da garagem, ficando na sombra. Eu notei como a pele dela parecia brilhar à luz do sol que refletia da calçada. O shopping estava cheio, muitos grupos de pessoas passeavam, algumas delas virando as cabeças para nos observar enquanto passávamos.
Andamos por baixo de uma ponte que cruzava desde o nível superior do estacionamento até o segundo andar de uma loja de departamentos, sempre fora da luz solar direta.
Uma vez que entramos, sob a luz fluorescente da loja, Alice chamava menos atenção - só uma garota pálida feito giz, com olhos escuros e com olheiras, de cabelo espetado e preto. Os círculos embaixo dos meus olhos, eu tinha certeza, estavam mais evidentes do que dela. Nós ainda atraíamos atenção de qualquer um que olhasse na nossa direção. Imaginei o que eles pensavam quando nos viam. A delicada e dançante Alice, com seu rosto impressionante de anjo, vestida em tecidos finos que não disfarçavam sua palidez completamente, segurando minha mão, obviamente conduzindo, enquanto eu andava com dificuldade, cansada, com as minhas roupas apertadas e caras, meu cabelo embaraçado com os nós caindo pelas minhas costas.
Alice me levou sem erro até a praça de alimentação.
- O que você quer comer?
O cheiro dos fast foods gordurosos revirou o meu estômago. Mas os olhos da Alice não estavam dispostos a persuasão. Eu respondi, sem entusiasmo, um sanduíche de peru.
- Posso ir ao banheiro? - eu perguntei quando fomos para a fila.
- Ok - e ela mudou a direção, sem soltar a minha mão.
- Eu posso ir sozinha - A atmosfera comum do shopping me fez sentir o mais normal que eu me sentira desde o desastroso jogo ontem à noite.
- Desculpe, Bella, mas o Edward vai ler a minha mente quando ele chegar aqui, e se ele ver que eu perdi você de vista nem que seja por um minuto… - ela foi diminuindo, sem querer contemplar as horríveis conseqüências.
Pelo menos ela esperou fora do cubículo no banheiro cheio. Eu lavei o meu rosto e as  minhas mãos, ignorando os olhares assustados das mulheres ao meu redor. Tentei passar meus dedos pelo meu cabelo, mas desisti rapidamente. Alice pegou minha mãe outra vez na porta, e andamos lentamente de volta até a fila da comida. Eu estava me arrastado, mas ela não parecia impaciente comigo.
Ela me observou comer, devagar no começo, e depois mais rápido, quando meu apetite retornou. Eu tomei o refrigerante que ela me comprou tão rápido que ela me deixou por um momento - embora sem tirar os olhos de mim - para comprar outro.
- É muito mais conveniente, a comida que você come - ela comentou quando eu terminei. - mas não parece ser muito divertida.
- Caçar é mais animado, eu imagino.
- Você não tem idéia - ela abriu um largo sorriso de dentes brilhantes, e várias cabeças se viraram em nossa direção.
Depois de jogar nossa comida fora, ela me levou pelos corredores largos do shopping, seus olhos brilhando de vez em quando ela via algo que queria, me puxando com ela em cada parada. Ela parou por um momento numa boutique cara para comprar três pares de óculos escuros, dois de mulher e um de homem. Eu notei o funcionário olhar para ela com uma nova expressão quando ela lhe entregou um cartão de crédito desconhecido com marcas douradas que o cruzavam. Ela achou uma loja de acessórios onde comprou uma escova de cabelo e elásticos.
Mas ela não começou a trabalhar realmente enquanto não me levou para um tipo de loja que eu nunca freqüentava, porque o preço de um par de meias estaria fora do meu alcance.
- Você deve ser tamanho médio - Era uma afirmação, não uma pergunta.
Ela me usou como burro de carga, me carregando com uma quantidade incrível de roupas. Hora e outra eu a via pegar um tamanho extra pequeno quando escolhia algo para si mesma. As roupas que ela selecionava para si mesma era todas em materiais leves, mas de mangas compridas ou três quartos, feitas para cobrir o máximo da pele dela possível. Um chapéu preto de palha estava no topo da montanha de roupas.
A vendedora teve a mesma reação com o cartão de crédito, ficando mais gentil e chamando Alice de “senhorita”. Mas o nome que ela disse não me era familiar. Quando estávamos andando pelo shopping de novo, nossos braços cheios com as compras, ela carregando a maior parte delas, eu perguntei sobre isso.
- Do que ela te chamou?
- O cartão de crédito diz Rachel Lee. Seremos muito cuidadosos para não deixar nenhum tipo de pista para o rastreador. Vamos trocar essa sua roupa.
Eu pensei sobre isso quando ela me levou para o banheiro de novo, me empurrando até o cubículo de deficientes para que eu tivesse mais espaço para me mexer. Eu a ouvi mexendo nas malas, finalmente pendurando um vestido leve de algodão na porta para mim. Grata, eu finalmente tirei o jeans de Rosalie, muito comprido e muito apertado, a blusa que pendia em todos os lugares errados, e as joguei pela porta para ela. Ela me surpreendeu ao empurrar um par macio de sandálias por baixo da porta - quando ela comprou aquilo? O vestido caiu incrivelmente bem, o corte caro aparecendo conforme dobrava ao meu redor.
Quando eu saí do cubículo, percebi que ela estava jogando as roupas de Rosalie dentro do lixo.
- Fique com seus tênis - ela disse. Eu os coloquei em cima de uma das malas.
Voltamos para a garagem. Alice recebeu menos olhares dessa vez, ela estava tão coberta em malas que a pele dela mal era visível.
Jasper estava esperando. Ele saiu do carro quando nos aproximamos - o porta-malas estava aberto. Quando ele pegou as minhas malas primeiro, deu a Alice um olhar sarcástico.
- Sabia que devia ter ido - ele murmurou.
- Sim - ela concordou. - elas teriam adorado vocês no banheiro feminino. - Ele não respondeu.
Alice fuçou nas malas antes de colocá-las no porta-malas. Ela entregou a Jasper um par de óculos escuros, colocando um nela mesma. Me entregou o terceiro par e a escova de cabelo. E depois tirou uma blusa de manga comprida, fina e de um preto transparente, vestindo por cima de sua camiseta, a deixando aberta. Finalmente, ela colocou o chapéu preto de palha. Nela, a fantasia parecia pertencer a uma modelo. Ela juntou mais algumas roupas e, fazendo um montinho, abriu a porta de trás e fez um travesseiro no banco.
- Você precisa dormir agora - ela ordenou firmemente. Eu subi obedientemente, deitando a minha cabeça e me curvando. Estava quase dormindo quando o carro ligou.
- Você não devia ter me comprado todas essas coisas - eu murmurei.
- Não se preocupe, Bella. Durma - A voz dela era calma.
- Obrigada - eu sussurrei, e apaguei em um cochilo inquieto.
Foi a má posição do cochilo que me acordou. Eu ainda estava exausta, mas de repente nervosa quando me lembrei onde estava. Eu levantei para ver o Vale do Sol se estendendo à minha frente; a grande e larga extensão dos telhados, palmeiras, rodovias, neblina e piscinas, cercadas pelos baixos montes de pedregulhos que chamávamos de montanhas. Eu fiquei surpresa eu não sentir nenhum alivia, só uma saudade de casa irritante, das goteiras e árvores muito verdes do lugar que significava Edward para mim. Sacudi a cabeça, tentando afastar o desespero que ameaçava me tomar.
Jasper e Alice estavam conversando; conscientes, tinha certeza, que eu estava acordada de novo, mas eles não deram sinais. Suas vozes rápidas e suaves, uma aguda, outra grave, pareciam música ao meu redor. Eu consegui entender que eles estavam decidindo onde iriam ficar.
- Bella - Alice falou comigo casualmente, como se eu já fosse parte da conversa. - qual o caminho para o aeroporto?
- Fique na I-10 - eu disse automaticamente. - Vamos passar em frente.
Eu pensei nisso por um momento, meu cérebro ainda nebuloso com o sono.
- Vamos pegar algum avião? - eu perguntei.
- Não, mas é melhor ficar perto, por via das dúvidas - Ela abriu seu celular e aparentemente pediu informações. Ela falou mais devagar que o normal, perguntando por hotéis perto do aeroporto, concordando com uma sugestão, então fazendo uma pausa enquanto era transferida. Ela fez reservas por uma semana sob o nome de Christian Bower, falando o número de um cartão de crédito sem olhar para nenhum. Eu a ouvi repetindo as instruções para o bem do telefonista; tinha certeza que ela não precisava de ajuda alguma quando se tratava de memória.
A visão do celular me lembrou das minhas responsabilidades.
- Alice - eu perguntei quando ela tinha terminado. - preciso ligar para o meu pai. - Minha voz estava melancólica. Ela me entregou o telefone.
Era fim de tarde; esperava que ele estivesse no trabalho. Mas ele atendei no primeiro toque. Eu encolhi, imaginando o rosto ansioso dele no telefone.
- Pai? - eu disse hesitante.
- Bella! Onde você está, querida? - Forte alívio encheu sua voz.
- Na estrada - Nenhuma necessidade em contar para ele que tinha feito uma jornada de três dias durante a noite.
- Bella, você tem que voltar.
- Eu tenho que ir para casa.
- Querida, vamos conversar sobre isso. Você não tem que ir embora por causa de um garoto qualquer. - Eu podia dizer que ele estava sendo muito cuidadoso.
- Pai, me dê uma semana. Eu preciso pensar sobre algumas coisas, e aí eu decido se volto. Isso não tem nada a ver com você, ok? - Minha voz tremeu um pouco. - Eu amo você, pai. Qualquer coisa que eu decida, eu te vejo em breve. Prometo.
- Ok, Bella - a voz dele estava resignada. - Me ligue quando você chegar em Phoenix.
- Eu te ligo de casa, pai. Tchau.
- Tchau, Bells - ele hesitou antes de desligar.
Pelo menos eu estava de bem com o Charlie de novo, pensei enquanto devolvia o telefone para Alice. Ela estava me observando cuidadosamente, talvez esperando por outra crise emocional. Mas eu estava cansada demais.
A cidade familiar voava pela minha janela escura. O transito estava leve. Passamos pelas ruas rapidamente até chegar no centro da cidade, então demos a volta ao norte do aeroporto internacional Sky Harbor, virando para o sul, até Tempe. Bem do outro lado de Salt River, a uns dois quilômetros do aeroporto, Jasper saiu da rodovia quando Alice disse. Ela o direcionou facilmente através das ruas até a entrada do hotel Hilton.
Eu estava pensado que ficaríamos no Motel 6, mas eu tinha certeza que eles iriam ignorar qualquer despesa com dinheiro. Parecia que eles tinham uma reserva sem fim.
Nós paramos no estacionamento do hotel sob a sombra do longo prédio, e dois funcionários se moveram rapidamente para o lado do automóvel incrível. Jasper e Alice saíram, parecendo muito com estrelas de cinema com seus óculos escuros. Eu saí desajeitadamente, dura depois das longas horas no carro, me sentindo em casa. Jasper abriu o porta-malas e os funcionários prestativos rapidamente descarregaram as malas em um carrinho. Eles eram bem treinados demais para demonstrar qualquer surpresa à nossa falta de bagagem de verdade.
Estava muito frio dentro do carro; sair para uma tarde de Phoenix, mesmo à sombra, era como colocar a cabeça dentro de um forno para assar. Pela primeira vez no dia, me senti em casa.
Jasper andou confiante pelas portas do lobby vazio. Alice ficou cuidadosamente ao meu lado, os funcionários nos seguindo ansiosos com as nossas coisas. Jasper se aproximou da mesa com seu ar inconsciente de realeza.
- Bower - foi tudo o que ele disse à recepcionista com ar profissional. Ela rapidamente processou a informação, com só mínimos olhares em direção ao ídolo de cabelo dourado à sua frente, traindo sua competência serena.
Fomos guiados rapidamente à nossa enorme suíte. Eu sabia que os dois quartos eram só fachada. Os funcionários descarregaram nossas malas com eficiência enquanto eu sentava fraca no sofá e Alice dançava para examinar os outros quartos. Jasper apertou as mãos deles quando foram embora, e o olhar que eles trocaram enquanto passavam pela porta era mais que satisfeito; era jubiloso. Então nos deixaram sozinhos.
Jasper foi até as janelas, fechando bem as cortinas. Alice apareceu e deixou cair um menu de serviço de quarto no meu colo.
- Peça algo - ela instruiu.
- Estou bem - eu disse vagarosamente.
Ela me deu um olhar frio, e pegou o menu. Resmungando algo sobre o Edward, ela pegou o telefone.
- Alice, de verdade - eu comecei, mas o olhar dela me silenciou. Apoiei minha cabeça no braço do sofá e fechei meus olhos.
Uma batida na porta me acordou. Eu pulei tão rápido que escorreguei do sofá para o chão e bati minha testa na mesinha de centro.
- Ai - eu disse, tonta, esfregando a minha testa.
Eu ouvi o Jasper rir uma vez, e olhei para cima para vê-lo cobrindo a boca, tentando esconder o resto do seu divertimento. Alice foi atender a porta, pressionando seus lábios firmemente, os cantos de sua boca de virando.
Eu corei e voltei para o sofá, segurando a cabeça nas mãos. Era a minha comida; o cheiro de carne vermelha, queijo, alho e batatas girava tentadoramente ao meu redor. Alice carregou a bandeja como se tivesse sido garçonete por anos, e a colocou na mesa aos meus pés.
- Você precisa de proteína - Ela explicou, levantando a tampa cinza para revelar um grande bife e uma escultura de batata decorativa. - Edward não vai ficar feliz com você se seu sangue cheirar anêmico quando ele chegar aqui - Eu tinha quase certeza de que ela estava brincando.
Agora que eu podia sentir o cheiro da comida, estava com fome novamente. Comi rápido, sentindo minha energia voltando conforme o açúcar achegava à minha corrente sanguínea. Alice e Jasper me ignoraram, vendo o jornal e falando tão rápido que eu não conseguia entender nenhuma palavra.
Uma segunda batida soou na porta. Eu fiquei em pé, por pouco evitando outro acidente com a bandeja quase vazia na mesinha de centro.
- Bella, você precisa se acalmar - Jasper disse, enquanto Alice abria a porta. Um membro do serviço de quarto entregou a Alice uma malinha preta com o logo Hilton e saiu silencioso. Alice a trouxe e me entregou. Eu abri e encontrei uma escova e uma pasta de dentes, e todas as outras coisas importantes que eu tinha deixando na traseira da minha picape. Lágrimas brotaram nos meus olhos.
- Vocês são tão bons pra mim - eu olhei para Alice e depois para Jasper, impressionada.
Eu tinha notado que o Jasper normalmente era o que mais tinha cuidado em manter distância de mim, então me surpreendeu quando ele veio para o meu lado e colocou a mão no meu ombro.
- Você é parte do clã agora - ele provocou, sorrindo calorosamente. Eu senti uma fraqueza de repente se infiltrando pelo meu corpo; de algum jeito, minhas pálpebras ficaram muito pesadas para segurar.
- Muito sutil, Jasper - eu ouvi Alice dizendo em um tom seco. Seus braços frios e finos passaram por baixo dos meus joelhos e por trás das minhas costas. Ela me levantou, mas eu já estava dormindo antes que ela me colocasse na cama.
Era muito cedo quando eu acordei. Eu tinha dormido bem, sem sonhos, e estava mais alerta do que eu era quando acordava. Estava escuro, mas havia lampejos de luz vindos debaixo da porta. Eu procurei ao lado da cama, tentando achar uma lamparina. Uma luz apareceu perto da minha cabeça e eu ofeguei, e então a Alice estava ali, ajoelhada ao meu lado da cama, a mão dela na lamparina que eu estava procurando feito boba na cabeceira.
- Desculpe - ela disse quando eu me joguei de volta no travesseiro, aliviada. - Jasper está certo - ela continuou. - você precisa relaxar.
- Bom, não fale isso para ele - eu resmunguei. - Se ele tentar me relaxar mais eu entrarei em coma.
Ela riu. - Você percebeu, é?
- Se ele tivesse me acertado na cabeça com uma frigideira seria menos óbvio.
- Você precisava dormir - ela encolheu os ombros, ainda sorrindo.
- E agora eu preciso de um banho, eca! - eu percebi que eu ainda estava com o vestido azul, que estava muito mais enrugado do que tinha direito de estar. Minha boca estava com um gosto estranho.
- Eu acho que você vai ficar com um roxo na testa - ela mencionou enquanto eu ia para o banheiro.
Depois de tomar banho, me senti muito melhor. Eu coloquei as roupas que a Alice tinha escolhido para mim na cama, uma camiseta verde que parecia ser feita de seda e um short de linho marrom-claro. Eu me senti culpada que as minhas roupas novas eram tão melhores que qualquer um das que eu tinha deixado para trás.
Foi ótimo finalmente fazer algo com o meu cabelo; os shampoos do hotel eram de uma marca de boa qualidade e meu cabelo ficou brilhante de novo. Demorei pra secar até que ele ficasse perfeitamente liso. Tinha um pressentimento que não iríamos fazer muita coisa hoje. Uma inspeção mais atenta ao espelho revelou uma mancha escura na minha testa. Fabuloso.
Quando eu terminei, já havia luz aparecendo por detrás das cortinas. Alice e Jasper estavam sentados no sofá, encarando pacientemente a televisão quase muda. Havia uma nova bandeja de comida na mesa.
- Coma - Alice disse, apontando firmemente para ela.
Eu obedeci, sentando no chão, e comi sem perceber que comida era. Não gostei da expressão nos rostos deles. Eles estavam muito parados. Assistiam televisão sem desviar os olhos, mesmo com os comerciais que estavam passando agora. Eu empurrei a bandeja, meu estomago abruptamente desconfortável. Alice olhou pra baixo, olhando a badeja que ainda estava cheia com um olhar descontente.
- O que há errado, Alice? - eu perguntei humildemente.
- Não há nada de errado - Ela olhou para mim com olhos grandes e honesto que eu não acreditei nem por um segundo.
- Bem, o que nós fazemos agora?
- Esperamos o Carlisle ligar.
- E ele já devia ter ligado? - eu podia ver que estava chegando perto. Os olhos de Alice foram dos meus para o telefone em cima da sua mala de couro e de volta.
- O que isso quer dizer? - minha voz tremeu, e eu lutei para a controlar. - Que ele ainda não ligou?
- Só quer dizer que ele ainda não tem nada para nos falar - Mas a voz dela estava muito equilibrada e de repente o ar ficou difícil de respirar.
- Bella - Jasper disse numa voz suspeitamente tranquilizadora- você não tem nada para se preocupar. Está completamente a salvo aqui.
- Você acha que é com isso que eu me preocupo? Eu perguntei sem acreditar.
- O que mais há? - ele perguntou, também surpreso. Ele podia sentir o teor das minhas emoções, mas ele não podia ler as razões por trás delas.
- Você ouviu o que o Laurent disse - minha voz estava baixa, mas eles podiam me escutar facilmente, é claro. - Ele disse que o James era letal. E se alguma coisa der errado, e eles se separarem? Se algo acontecer com qualquer um deles, Carlisle, Emmett… Edward… - eu engoli. - E se aquela descontrolada machucar a rose ou a Esme… - minha voz tinha ficado mais alta, uma nota de histeria começando a surgiu. - Como eu posso viver comigo mesma sabendo que é minha culpa? Nenhum de vocês deveria estar se arriscando por mim -
- Bella, Bella, pare - ele me interrompeu, suas palavras fluindo depressa. - Você está se preocupando com as coisas erradas, Bella. Acredite em mim nisso - nenhum de nós corre perigo. Você já está sob muita tensão, não coloque mais sem nenhuma necessidade. Me ouça - porque eu tinha olhado para outro lado - Nossa família é forte. Nosso único medo é perder você.
- Mas por que você deviam - Alice me interrompeu, tocando minha bochecha com seus dedos frios.
- Edward esteve sozinho por quase um século. E agora ele achou você, e nossa família está completa. Você acha que algum de nós vai querer olhá-lo nos olhos pelos próximos 100 anos se ele perder você?
Minha culpa lentamente desapareceu quando eu olhei para os seus olhos escuros. Mas, mesmo quando a calma se espalhou por mim, eu sabia que não podia confiar em meus sentimentos com o Jasper presente.